Alunos com deficiência visual recebem dispositivos com inteligência artificial, em Guajará-Mirim
O aluno Davi Moreira da Cruz recebeu com muita emoção o equipamento
Fonte: SECOM 30/05/2023 - 17:02Para viabilizar as condições necessárias para a construção de um sistema educacional inclusivo, de forma a garantir o atendimento escolar, preferencialmente na Rede Regular de Ensino dos alunos com Deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Altas Habilidades/Superdotação, o Governo de Rondônia investiu o valor de R$ 900.930,16 (novecentos mil, novecentos e trinta reais e dezesseis centavos) na aquisição de dispositivos de leitura para 52 alunos com deficiência visual da rede estadual.
A titular da Secretaria de Estado da Educação de Rondônia – Seduc, que é responsável pela implementação da política de Educação Especial na Rede Estadual de Ensino, em consonância com a Meta 4 do Plano Estadual de Educação, tem empreendido em ações que visam o fortalecimento dos serviços de educação especial oferecidos aos alunos incluídos do ensino regular. A estratégia 4.9 da Meta 4 do Plano Estadual de Educação de Rondônia, assegura que seja proporcionado aos estudantes que apresentam forma e comunicação diferenciada, acesso às informações, aos conteúdos curriculares e ao ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação, sinalização e tecnologias assistivas, que atendam às suas necessidades específicas, em todos os espaços escolares.
INCLUSÃO
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a entrega dos dispositivos faz acreditar que é possível, sim, transformar a vida das pessoas e trazer mais dignidade à sociedade em geral. “A inclusão social é o caminho para melhorar a educação, visando favorecer a acessibilidade assegurada por lei aos alunos com deficiência visual, matriculados na rede estadual de ensino. O dispositivo de leitura inteligente é uma tecnologia israelense, e facilita o dia a dia e a aprendizagem dos estudantes”, disse.
Dois alunos da rede estadual de ensino, em Guajará-Mirim, receberam nos últimos dias, o dispositivo em caráter de empréstimo (comodato). O aluno do 6º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamento e Médio Instituto Paulo Saldanha, Davi Moreira da Cruz, de 10 anos, possui a síndrome de Marfan e disse estar muito feliz com o equipamento. “Não tenho nem palavras para dizer, mas só sei que o dispositivo vai me ajudar bastante a aprender ainda mais”, declarou.
A mãe do aluno, Alice Moreira Cuellar, emocionada, afirmou que os óculos também serão de grande ajuda ao filho nas atividades de rotina. “Estou muito feliz, porque esses óculos ajudarão meu filho no seu dia a dia, pois até para procurar uma sandália ele tem dificuldade. Pesquisei, e descobri que esse dispositivo ajuda até a reconhecer a face das pessoas. Eu estou muito feliz e grata”, afirmou.
A aluna do 7º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Irmã Maria Celeste – Cívico Militar, Maria Vitória Soares Sanches, que é cega desde o nascimento, também foi contemplada com o equipamento. Francilene Soares Rodrigues, mãe da tímida Maria Vitória citou que, sua filha tem dificuldades para realizar suas atividades. Com muita emoção falou sobre a chance de viver melhor que a sua filha terá, com o apoio do equipamento com inteligência artificial. “Para minha filha é muito bom, pois o equipamento será seu aliado, no desenvolvimento de suas tarefas e para os estudos”, destacou.
A coordenadora da Regional de Educação – CRE em Guajará-Mirim, Eunice Oliveira Pires Santos comentou sobre os investimentos feitos. “Os dispositivos provam como a inovação é um fator essencial à educação. Um recurso tecnológico que irá contribuir para a equidade e inclusão social dos nossos alunos”, concluiu.
EQUIPAMENTO
O OrCam MyEye 2 é um equipamento de tecnologia assistiva, entre os mais avançados do mundo, para pessoas com deficiência visual, que permite crianças, adultos e idosos lerem textos impressos ou digitais. O aparelho também faz o reconhecimento de pessoas e objetos, com descrição por áudio. Isso contribui para facilitar a aprendizagem dos alunos cegos, ainda que não dominem o Braille.